O Sonho de Um Romance (crônica)


Não me lembro muito bem de como tudo aconteceu, só sei que não poderia ser melhor. O que se espera de mais uma noite com horas de escrita à mão?
Como qualquer aspirante a escritor, eu estava dedicando mais uma de minhas noites, ou melhor, madrugadas, às palavras que fluíam da caneta, para o papel, descrevendo cenas do meu imaginário, com a grafia não muito legível de uma mente sonolenta.
Depois de um tempo, finalmente rendi-me ao cansaço. Em meio a uma busca por sinônimos, adormeci em um doce sono, repleto de sonhos, aos quais, já mais iria esquecer. Escrever tanto romance e fantasia, me fez sonhar com minha própria historia, onde eu era a protagonista.
No meio do que parecia ser uma entediante aula vaga, um evento inusitado aconteceu: um garoto ao qual eu não conhecia, de repente apareceu. Sua missão? Matar-me, como se eu não tivesse o direito de uma explicação. Porém, como se o lobo mal se transformasse em caçador, ele se auto-declarou em outra missão: me proteger. Que amante de um bom romance não ficaria maravilhada?
Logo me apaixonei. Mesmo em sonho, podia sentir meu coração palpitar. A cada olhar que recebia daqueles olhos, hora negros como a noite, hora cristalinos como diamantes, eu ganhava mais certeza: não queria acordar. Suas mãos acariciavam meu rosto, me fazendo sentir mais viva do que nunca, seu toque despertava sentimentos inimagináveis em mim, sua presença fazia-me sentir protegida, segura, como já mais havia me sentido antes, em qualquer situação de minha vida. 
No meio de tudo aquilo, nossos olhos se encontraram, chegando cada vez mais perto, aquilo resultaria em um beijo, porém, a realidade teimou em me acordar.
A luz do Sol, que transpassava as janelas ofuscou meus olhos, fazendo-me lembrar de tudo. Sem pestanejar, segurei novamente a caneta, e posicionei o papel.

Naquele dia, imortalizei com palavras minha grande história de amor. Que seja irreal, que dure somente até os primeiros sinais do alvorecer, mas que seja nosso, que seja eterno. Naquela manhã, dediquei cada letra e cada vírgula a você, meu grande, eterno e irreal amor.
*Crônica feita para um trabalho escolar, com limite de linhas estabelecido. Para a postagem, acrescentei alguns pequenos detalhes, que não pude colocar na escrita original, exatamente pelo número de linhas permitido.

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P.S.: Talvez um psicólogo também não seja má ideia...