Entre Aspas

 
"Este planeta é como um osso quebrado que não voltou ao lugar certo, cem pedaços de cristal colados. Fomos estilhaçados e reconstruídos, disseram-nos para nos esforçarmos todo dia e fingirmos que ainda funcionamos da maneira como deveríamos. Mas é mentira, é tudo mentira; cada pessoa lugar coisa e ideia é uma mentira.
Eu não funciono do jeito certo.
Não sou nada além da consequência de uma catástrofe." 
- Liberta-me.

Por trás da queda (Poesia)




Por trás da queda,
No véu negro que a habita,
Um anjo sussurra sua história.

Por trás do paraíso,
Além dos portões celestiais,
A tentação do amor.

Um coração ferido,
Uma auréola quebrada,
Uma maldição perpetuada.

Uma, duas, três;
Lágrimas caindo,
Escorrendo por amor

Quatro, cinco, seis;
Asas batendo,
Em seu puro esplendor

Por trás da queda,
Além de séculos e séculos,  
Um amor ainda reina perpétuo

Além dos anos,
Por trás das vidas,
Em um coração ferido,
A paixão ainda queima

No céu e na terra,
Por trás das nuvens,
E nas terras além-mar,
Um anjo ainda sussurra
Palavras ao vento

Conta sua história,
Sua canção de amor

Por trás da queda,
No céu ou na terra,
O coração do anjo ferido
Sempre irá amar.

Entre Aspas

 
"Pela primeira vez, o sonho assumiu um toque familiar. Como todos os outros pesadelos que me aprisionaram, quanto mais eu lutava, mais o que eu queria escapava do meu alcance." 
- Crescendo

Realidade e Fantasia (Conto)

 
Por trás de seu silêncio, além de seus pensamentos turvos e de sua mente barulhenta, lá estava. O seu reino, o seu lugar, e o seu amor; o mundo onde ela poderia ser apenas si mesma. 
Ninguém saberia dizer ao certo uma palavra sobre ela além de seu nome, ninguém saberia descrevê-la além de seu costumeiro ato de silêncio, ninguém saberia descrever seu humor além de seu fraco sorriso misterioso, e acima de tudo, ninguém saberia dizer o que se passava diante de seus olhos negros, sempre fixos em um ponto distante de mais para ser enxergado. 
A verdade, essa que ninguém sabia, somente ela poderia encontrar. Cavando o mais fundo possível em sua mente, e buscando o mais longe possível em seu coração, ela encontrava à si mesma. Por trás do silêncio, havia a confusão em sua mente, por trás de seu nome, havia uma grande história, por trás de seu sorriso, haviam lágrimas, várias lágrimas que não sabiam nem ao menos parar de cair. Por trás de seus olhos, além de sua imaginação, em um mundo intocado pela destruição humana, estava o seu conforto. E ainda mais além, em um lugar onde nem ela mesma conseguia ficar por muito tempo, havia o seu amor imaginário. Loucura, talvez? Prefiro descrevê-lo como uma doce fantasia. 
O quão longe da realidade ela precisava ficar para que não estivesse sozinha? O quão fundo ela teria que buscar em sua mente a única razão pela qual ela ainda se encontrava viva? O quão longe dentro de si mesma ela teria que ir para encontrá-lo? Ninguém, nem ao mesmo ela sabia, mas mesmo assim, isso não importava.
Em sua mente, um mundo se criava em meio ao real: terras longínquas e distantes, intocadas pelas pessoas do mundo real, florestas congeladas, campos flamejantes, reinos distantes, sentimentos inimagináveis, e principalmente, pessoas que habitavam apenas sua mente, pessoas que eram perfeitas de mais para estar em meio à realidade. 
Mesmo que a fantasia lhe tocasse como a mais suave e acolhedora das brisas de outono, as selvagens e grosseiras mãos da realidade puxavam-lhe para o mundo à frente de seus olhos - não o que somente ela podia enxergar, mas o que para as outras pessoas poderia ser um paraíso. 
Olhou em volta, percebendo o quão caótico aquele inferno poderia ser. Inferno. Daquele momento em diante, assim aquele mundo seria chamado em seu reino. Não haveria paraíso, apenas o mundo da fantasia e o inferno que a realidade se tornara. Não haveriam monstros ou demônios, apenas as pessoas imaginárias: amigos inexistentes, com personalidades diversificadas e caráter de mais para existirem em abundância no mundo real; e as pessoas da realidade, aos quais ela poderia simplesmente chamar de monstros, fazendo um elogio não merecido. Elas conseguiam ser piores do que isso, muito piores.
Olhares fitavam-na com desprezo, palavras eram sussurradas da mesma forma. Ela provavelmente era como uma estranha ameaça inesperada naquele estranho lugar chamado "mundo real". Diferente de mais para ser como os outros, superior de mais para simplesmente se adequar no meio deles. Dotada de caráter e conceitos, ela sempre se destacaria em meio aos monstros sem alma, personalidade ou livre arbítrio do mundo real. Possuindo os melhores armamentos: imaginação, criatividade, sonhos, perspicácia, inteligência, coragem e sabedoria, ela sempre seria uma ameaça; sendo deixada de lado, porque enfrentá-la seria como perda de tempo. Querendo eles ou não, ela venceria; não que isso mudasse muita coisa. A maioria deles continuaria sendo apenas o que são: monstros do egocentrismo e da auto-indulgência. Seus erros poderiam ser perdoados, porém os dela, tão doce garota, dotada de tanto poder e sentimentalismo, seriam espalhados como as piores fofocas, ditados como as piores gafes, e supostamente merecedores dos piores castigos.
Ah, como ela desejaria que a realidade simplesmente não existisse...Não seria melhor para todos? Não, sua própria mente concluiu. Se a fantasia fosse verdadeiramente a realidade, não haveria porque seu mundo ser tão especial. Não haveria motivos para que ela escapasse em seu próprio mundo, e pior ainda...Não haveria um motivo para ele existir. Seu amor imaginário, a alma inexistente que se encaixava perfeitamente na sua.
Suspirou, desejando que seus pensamentos se voltassem novamente ao seu próprio mundo. Percebeu então, que a realidade e a fantasia eram mundos paralelos que se interligavam inevitavelmente.
A realidade sufocante já mais seria suportada por alguns sem que se pudesse mergulhar em fantasia. E sem dúvidas, a fantasia já mais existiria se não houvesse a necessidade de escapar da realidade.
Fechou os olhos, querendo ignorar tudo o que os seus sentidos captavam. A realidade lhe era necessária; e por mais que ela a sufocasse, tudo ficaria bem se ela pudesse simplesmente ignorar tudo à sua volta e voltar ao seu seu lugar, indo cada vez mais longe, até que encontrasse novamente o seu único e irreal amor.

Entre Aspas

"Então, eu não sou nem bonita nem esperta nem outra porrada de coisas. Só que eu sou teimosa. E durona.
Já estava na hora de começar a usar o que eu tinha."
- Traições, Strange Angels

Hoje, amanhã e sempre (Poesia)

 
Ontem, 
eu perdi um sonho, 
o amor, 
a imaginação, 
a fantasia.

Pouco a pouco, 
caindo em abismo, 
a realidade ofuscou o imaginário; 
engolindo a poesia.

Hoje, choro a decepção, 
o que perdi, 
o que desapareceu, 
o que se esvaiu.

Hoje, busco a inspiração, 
a beleza, 
o sentimento.

Hoje, choro a realidade, 
a fantasia perdida, 
a solidão encontrada.

Amanhã, encontro a nova poesia, 
o novo sonho, 
a nova alegria.

Após voltar ao sonho inicial, 
busco novamente à ti.

Olhando através da mesma porta secreta, 
descubro o inevitável:
 hoje, amanhã e sempre, 
você será minha inspiração.

Não prometo-lhe não me perder novamente, 
mas juro dar-lhe meu coração para sempre.

Livros (Poesia)

Livros, 
fantasiosos e enigmáticos livros.
Páginas e páginas
de uma suave ilusão

Livros, 
tirando-me da realidade, 
me mostrando a diferença..
Um mundo trágico, 
ou um mundo mágico?

Livros, 
aventura, mistério, romance
Levando-me ao passado
e ao futuro
Guerras, paixões, segredos

Livros, 
mostrando que tudo
pode ser melhor
fazendo-me acreditar no irreal
 Tudo é possivel ao que acredita

Livros, 
elevando-me a fortes emoções, 
chorando lágrimas delicadas
á uma cena celestial
Livros, 
Onde nem sempre o "Felizes Para Sempre"
é real
Onde voar é possível


Livros, 
me levando de norte a sul, 
de leste a oeste
Por caminhos secretos, 
encontrados em minha mente
Onde a chuva pode ser mais do que apenas água
Onde o bem mais precioso chama-se imaginação

Entre Aspas


"Tempo. Eu vinha pedindo muito tempo ultimamente. Tinha a esperança de que, se tivesse tempo suficiente, tudo ia se resolver." 
- A Elite

O amor que prometo à ti (Texto)

 Se um dia pudesse fazer um desejo, a única coisa que pediria seria para estar com você.
 Se um dia fosse autorizada a sonhar com algo além de costumeiros pesadelos, sonharia com você.
Se pudesse estar apenas com uma pessoa para sempre, escolheria você.
Quando os sonhos já não são mais suficientes, quando a realidade ofusca a fantasia; quando a imaginação já não me é mais suficiente, quando a criatividade e a inspiração se esvaem; quando os sonhos se resumem em pesadelos, penso em você, e ali encontro meu conforto, minha poesia.
Se um dia a fantasia não me for suficiente, prometo ir até o fim do mundo em busca de seu amor, e se o mundo não aceitar você, parte de meus doces pesadelos, eu destruo e reconstruo a realidade, simplesmente para que exista. 
Não importa o quão irreal for, não importa o quão impossível pareça, eu buscarei você de norte à sul, por campos flamejantes, florestas congeladas, por terras distantes e inexistentes, por infernos e paraísos. E se no fim de tudo, a árdua realidade tomá-lo de mim, prometo-lhe, único, verdadeiro e eterno amor, jamais esquecer de ti, e na mais provável das hipóteses, mergulhar em fantasia. E como sempre foi, estaremos juntos, na irrealidade dos sonhos, onde a poesia reina e a realidade é somente o mais fugaz dos detalhes.

Poesia, ou a falta dela

Sem poesia, 
como escrever? 
Sem poesia, 
como respirar?
Sem poesia, 
como sair daqui?
Sem poesia, 
como fugir?
Sem poesia, 
como ir para o meu mundo?
Sem poesia.
Sem vida.
Sem você.
Sim; você é, 
foi, 
sempre será...
Minha única poesia.

Livro: O Livro das Princesas

 As mais populares autoras contemporâneas norte-americanas, Meg Cabot ("Diário Da Princesa" e "A Mediadora") e Lauren Kate ("Fallen"), se unem às brasileiras e igualmente bem-sucedidas Paula Pimenta ("Fazendo Meu Filme") e Patricia Barboza ("As Mais") em uma coletânea que reinventa contos de fadas clássicos.
 - - - 
"O Livro das Princesas" é a minha mais recente leitura, e eu tenho que dizer que os contos realmente me surpreenderam. Se você pensa que só por causa do título, o livro se trata de algo no total estilo "princesinhas da Disney" está completamente enganando. Para fazer vocês conhecerem um pouquinho mais do livro, vou resenhar cada conto e falar sobre os personagens.

A Modelo e o Monstro
Meg Cabot
O conto da lindíssima Meg Cabot é narrado por sua protagonista, Belle Morris, uma modelo de 18 anos muito famosa, que sai de "férias" (férias: palavra usada para descrever uma Lua de Mel onde os filhos vão junto, vocês entenderam ao ler o conto) em um cruzeiro (lê-se: o maior e mais caro cruzeiro do mundo) com seu pai, sua madrasta e sua mais nova irmã. Antes de mais nada, tenho que falar que: não, a Belle não odeia a madrasta ou sua irmã, até mesmo porque "A Modelo e o Monstro" é uma releitura de A Bela e a Fera, e não de Cinderela.
Desde o primeiro dia no cruzeiro, Belle avista um garoto que desperta sua atenção logo de cara, até mesmo porque não é todos os dias que se vê um cara lindo na Suíte Real, que é uma área totalmente VIP. 
Com sua imaginação fértil, e sua paixão por livros de romance, nossa protagonista já desperta uma paixão "imaginária" sobre o nosso sedutor Sombrio Misterioso, como ela o chamava antes de descobrir seu nome. 
Depois de um jantar na mesa do Capitão, e uma passada no quarto de Gus Stanton, um jovem atleta popular e bonito, conhecido por namorar atrizes e cantoras pop muito famosas; Belle se vê encrencada, já que um de seus muitos fãs assanhados, Raul, que ainda por cima está bêbado, a encurrala em uma parte completamente deserta do navio. No meio de toda essa encrenca, é claro que alguém aparece para salvar Belle, e obviamente, é o tão comentado Sombrio Misterioso, que leva nossa modelo famosíssima para a enfermaria e depois para passar alguns dias em sua humilde Suíte Real. 
Com a cabeça confusa e sem saber porque desmaiou na tão conturbada noite com seu fã maluco, Belle  quer conhecer um pouco mais seu salvador e descobrir o porque dele sempre se esconder em meio às sombras, sendo como seu próprio apelido diz Sombrio & Misterioso. 

Acreditem, a partir desse ponto, tudo o que eu disser será considerado um grande Spoiler. 
Agora vamos falar um pouco sobre os personagens do conto...
Belle Morris:  tenho que admitir que me vi bastante na personalidade da protagonista. Mesmo sendo uma modelo famosa, Belle tem uma grande fascinação por leitura, principalmente por romances, e vive comparando todos os garotos que encontra com os "heróis" de seus livros prediletos, até mesmo ao ponto de inventar uma paixão por um cara que ela só viu uma vez na vida em seu cruzeiro de férias. 
Eu, como leitora totalmente compulsiva, tive que me identificar com a incessante mania de Belle à cheirar livros e senti-los na palma de suas mãos, dispensando e-books.

Gus Stanton: mesmo sendo um fofo, o nosso grande atleta famoso não pode ser lá caracterizado como o personagem mais intelectual. Apaixonado por esportes e por vídeo games, Gus é um cara dedicado, lindo e atencioso, e além de tudo, eu não posso deixar de dizer que sutileza não é o ponto forte de nosso querido Stanton.

Penelope (Penny)  Whittaker: Penny possui algumas características básicas daquela típica irmã/amiga meio histérica e chata, mesmo sendo bem legal na maioria dos casos. Sendo completamente fanática por Gus, fica fácil perceber que ela também é aquela típica fã enlouquecida, que poderia ser chamada sem exagero de "Wikipédia de Gus Stanton".

Trecho favorito:
"Foi assim que decidi que pensaria nele; como meu garoto sombrio e misterioso. Eu o chamava de meu porque havia alguma coisa nele, além da sombria aura de mistério: parecia triste, tão sozinho naquela varanda imensa." 

Princesa Pop
Paula Pimenta
Esse conto realmente chamou bastante a minha atenção, e conseguiu ser perfeito do início ao final, principalmente por causa de sua introdução.
"Princesa Pop" conta a história de Cintia Dorella, que teve sua vida "arruinada" por causa da separação de seus pais, causada por uma traição descoberta por ela mesma. Após pegar seu pai no quarto com outra mulher, a protagonista não pensa duas vezes antes de arrumar suas coisas e ir para a casa de sua tia Helena, não querendo olhar para a cara de seu pai por nem mais uma vez em sua vida. Obviamente, Cintia revela toda a história da traição para sua mãe, uma arqueóloga que vive viajando. A partir desse momento, a protagonista passa a viver na casa de sua tia, e a única coisa que aceita de seu pai é que ele pague a mensalidade de sua escola. 
Por causa de um planinho de cola de alguns alunos, os celulares acabam sendo proibidos na escola de nossa protagonista, o que acaba sendo um problema para ela, já que seu interesse com o celular não é ficar no Facebook ou no Twitter, e sim para falar com sua mãe, que está trabalhando em um projeto arqueológico no Japão; exatamente por causa do fuso horário, a hora do recreio é o único momento em que Cintia e sua mãe podem se falar.
Quase entrando em desespero por ter que falar com sua mãe somente nos fins de semana, Cintia toma uma medida drástica: pede ajuda ao seu pai, uma pessoa bem influente, para que fale com a diretora e permita que nossa protagonista continue conversando diariamente com sua mãe. Exatamente quando ela vai realizar essa ligação, algo inesperado acontece: seu pai liga para ela! Obviamente, Cintia aproveita essa oportunidade, o que ela não esperava era que seu pai estava tentando lhe convencer a ir na festa de 15 anos de suas "irmãs", filhas da bruxa (como ela mesma chama sua madrasta), que estragou por completo sua família. Inicialmente, é claro que Cintia não concordou com tal coisa, mas como bom chantagista, seu pai somente concordaria em falar com a diretora se a filha aparecesse na festa; sem mais escolhas, ela acabou concordando. 
Por mais que fosse a única saída para conseguir falar com sua mãe, Cintia acaba se metendo em um grande problema, já que aos fins de semana, ela trabalha como DJ, e tinha um compromisso marcado para a noite daquela sexta-feira. A situação não tinha como ficar pior, certo? Errado! Ao checar os endereços, ela descobre que a festa em que ela iria ser DJ, é exatamente a festa de suas irmãs! Por mais que ela pense que estava tudo acabado, Helena, sua tia, bola um jeito para que Cintia possa aparecer na festa como DJ e também como ela mesma, já que se seu pai descobrisse o seu novo hobby, que também virou um emprego, sua vida estaria completamente arruinada. Como a festa é a fantasia, e todos estarão vestidos como príncipes e princesas, Cintia acaba se vestindo como uma espécie de bobo da corte, que na verdade mais parece a Rainha de Copas, e utiliza uma máscara característica do teatro. Como sua tia somente permita que ela seja DJ até meia-noite, seu horário será o mesmo na festa de suas irmãs, e após esse horário, ela trocaria de roupa e seria simplesmente ela, honrando sua palavra, e cumprindo com o acordo feito com seu pai. 
Enquanto Cintia está colocando a galera para dançar, um garoto usando uma máscara parecida com a sua, vestido de príncipe, porém usando um All Star, assim como ela, aparece na cabine do DJ, alegando querer saber quem estava tocando músicas de tão bom gosto. Ao conversarem, eles acabam percebendo que tem um gosto bem parecido, e a nossa protagonista acaba descobrindo que o seu príncipe encantado se chama Frederico. Obviamente, ela não poderia revelar o seu próprio nome, se revelando apenas como DJ Cinderela. Finalmente, as badaladas do relógio soaram: meia noite. O turno de Cintia como DJ acabou, e a nossa Rainha de Copas foi vestir sua fantasia de princesa; o que ela não esperava, era que a banda que iria substituí-la, composta principalmente pelo o lindo, charmoso e cantor pop que conquista o coração de todas as garotas - menos o dela - Fredy Prince, traria uma surpresa: Fredy, estava vestido exatamente como o seu príncipe mascarado, Frederico; obviamente, isso não era apenas uma coincidência. Cintia fica envergonhada por ter falado mal de Fredy em sua frente, por mais que não soubesse que ele era, bem...Ele! 
No final das contas, Frederico não esqueceu sua tão sonhada Rainha de Copas, que acabou esquecendo um de seus tênis All Star decorados especialmente para a ocasião na cabine do DJ. Vendo aquela oportunidade, Fredy divulga em uma de suas redes sociais o anúncio de que estava procurando por sua princesa da festa, dando a hora e o local para que a garota levasse o outro par do sapato, provando que era ela quem havia falado com ele naquela noite. Sendo um pop star famoso, obviamente metade das garotas Brasileiras compareceriam ao local, e infelizmente, as meias-irmãs de Cintia também.
Preparada para viver seu conto de fadas, Cintia não vê a hora de levar o seu sapatinho de cristal, ou melhor seu All Star musical para Fredy, ou como ela sempre preferirá chamar o seu príncipe: Frederico. O único problema nisso tudo, é que a bruxa, ops...A Madrasta de nossa protagonista acaba descobrindo o segredo de que sua enteada foi a DJ que conquistou o coração do príncipe das adolescentes, e obviamente, ela deu um jeito de chantagear Cíntia para que uma de suas filhas fosse a tão sonhada princesa do astro mais comentado do momento. 
Por mais que a nossa DJ Cinderela soubesse o risco que estava correndo, ela não deu o sapato correto para a sua madrasta, que tornaria a sua vida muito mais infernal do que sua vã mente imaginava...

Cintia Dorella: A protagonista do livro é aquele tipo de garota que eu amaria conhecer. Inteligente, com opinião própria, que não deixa se levar pela opinião alheia, é bem decida sobre o que quer, tem gostos bem decididos. Uma coisa bem evidente na personalidade de Cintia é sua paixão por música e por seu trabalho como DJ, o que é algo admirável. 

Helena: Achei totalmente necessário falar sobre a tia da Cintia aqui, já que pelo o que pude perceber ela é uma mulher completamente amável, que faz exatamente tudo pelo bem estar da sobrinha. Como designer, ela é uma mulher muito criativa e espontânea, que durante todo o conto aconselha a nossa querida Rainha de Copas como uma verdadeira mãe, sendo verdadeiramente uma fada madrinha em todos os momentos.  

Trecho favorito:
"Todas as noites ela olhava pela janela e ficava admirando a vista, sonhando mil sonhos coloridos. No mais brilhante deles, sempre via um príncipe que ela ainda não conhecia, mas que sabia que morava em alguma daquelas inúmeras luzes que avistava..."

O Eclipse do Unicórnio
Lauren Kate
 O conto de Lauren Kate é narrado em terceira pessoa, tendo duas vidas sendo narradas: a de Percy, e a de Talia. Para não dar spoiler do conto todo, vou falar somente sobre a parte de Percy, e deixar a de Talia - que em minha opinião é a melhor parte - para que vocês matem a curiosidade enquanto estiverem lendo o livro.
Percy é um garoto como qualquer outro, que acabou de terminar um relacionamento amoroso com sua namorada. Por mais que ele realmente gostasse dela, estaria tudo bem...Se eles não tivessem combinado de fazer juntos uma viagem para Paris, junto com sua turma de francês. Como ele havia feito grande sacrifício e desembolsado 500 dólares para a viagem, não poderia desistir de última hora, como Amber - sua ex-namorada vinda de uma família rica - fez. Sozinho em uma turma cheia de estranhos, triste por terminar seu relacionamento, e na cidade considerada por uns o lugar mais romântico do mundo. A sorte, definitivamente não estava a favor de Percy, certo? Talvez não. Pode ser que isso tenha sido apenas um grande acontecimento escondido sobre a sombra de dias ruins e deprimentes. 

Acho que no final das contas, o conto de Lauren Kate não foge muito do clássico, o que conta um grande ponto no meu conceito. É um conto pequeno, mas nem por isso te deixa menos envolvido (a) na história. Um dos motivos pelo qual esse conto se destaca no livro, é a presença da fantasia. Enquanto as outras autoras largaram um pouco o quesito e adicionaram toda uma modernidade, a Lauren conseguiu modernizar o conto, mas sem deixar de lado a parte mágica, fantástica, que faz tudo ficar mais especial. Mesmo assim, não pensem que isso significa que a história continuou clássica e como na versão original, porque me desculpem, Irmãos Grimm, mas a Lauren fez a parte que permaneceu clássica no conto pisar em cima do original. 

Percy: Acho que Percy não é lá a personalidade mais distinta do mundo, embora aparente ser um cara bem legal. É preguiçoso como a maioria dos adolescentes, completamente apaixonado quando se entrega de verdade em um relacionamento e pelo o que vimos no conto, não gosta muito de ficar sozinho no meio de um bando de gente com quem não tenha muita afinidade, o que é um ponto onde eu me identifico completamente com ele.
Talia:  O que dizer sobre a doce e inocente Talia? No geral, você não tem muito o que dizer sobre a personalidade dela, já que essa conclusão de quase perfeição é justificável se você leu o conto. Fora as características com que ela foi presenteada, podemos dizer que Talia é uma menina bastante sonhadora e que provavelmente passou boa parte de sua vida vivendo no mundo da fantasia, como muitas garotas que gostam de viajar um pouquinho no mundo da imaginação e deixa isso se perder um pouco com o passar dos anos e com o amadurecimento.

Trecho favorito:
"Respirou pela primeira vez no momento em que o sol deixou de existir, deitou a cabeça no seio da mãe sob a penumbra destilada da lua diurna. A menina era uma alma radiante desde o alvorecer de sua vida, nascida com o cabelo castanho arruivado de uma nuvem cintilando ao poente e os olhos profundos e sedutores da cor da meia-noite."

Do Alto da Torre
Patrícia Barboza
 O conto de Patrícia Barboza é narrado em primeira pessoa, por Camila Soares, uma garota de 14 anos como todas as outras, que possui um amor platônico pelo garoto mais queridinho de sua escola, William. Por conta de uma promessa que sua tia chamada Laura fez quando a garota estava doente, teria que ficar sem cortar seus cabelos loiros até que completasse 15 anos. O resultado disso? Uma longa cabeleira, que normalmente está presa em uma trança, e o carinhoso apelido de "Rapunzel". 
Além disso, uma das características marcantes em Camila é o seu amor pela música, e pela cantora Katy Perry, que é algo completamente evidente do começo ao fim do conto. Por causa dessa sua grande paixão, e com uma ajudinha inesperada de seu amigo Pedro, Camila acabou virando um sucesso na internet com seus covers da Katy Perry, se disfarçando e assumindo o nome de Mila Tower. Por mais que o seu sucesso seja evidente no mundo cibernético, talvez já estivesse na hora de Camila bancar a pop star por si mesma, deixando a fantasia de Hannah Montana de lado. A melhor forma de fazer isso? Um show de talentos em sua escola. Não seria a oportunidade perfeita? Talvez fosse, mas como em um conto de fadas sempre há uma madrasta má, as coisas não saíram perfeitamente como o esperado. 
No meio de toda essa confusão, talvez o príncipe encantado seja apenas um sapo, e o simples plebeu seja na verdade o tão sonhado príncipe encantado.

Confesso que esse foi o conto do livro que menos me chamou atenção desde o começo, e que eu não estava errada por isso, principalmente por eu não ser nem um pouco fã de clichês. Como a própria Priscilla, a melhor amiga da protagonista diz, a história toda é um grande clichê adolescente do começo até o fim, por isso posso dizer que eu não demonstrei nenhum tipo de afeto especial pelo conto, principalmente por conta dos personagens típicos e estereotipados que a trama apresenta. Mesmo assim, se você gosta de clichês, é um conto que vale a pena.

Camila: Como dito anteriormente, a protagonista do conto remete à todas as características típicas de hoje em dia quando você pensa em uma garota: feminina, apaixonada por música pop, com uma quedinha pelo suposto garoto mais bonito da escola, com o sonho de ser uma estrela da música...Por mais que ela apresente tantas coisas comumente esperadas, acho que podemos considerar a personagem um exemplo, já que superou a morte dos pais achando um hobby com o qual ela se identificaria pelo resto de sua vida.

Pedro: Pedro foi o meu personagem favorito do conto. Engraçado, meio irônico, um pouco implicante...É aquele garoto perfeito para ser melhor amigo de alguém, já que demonstra completamente quem ele é de verdade, sem certas segundas intenções maliciosas de muitos garotos. 

Trecho Favorito:
"-Quando você for testar os seus poderes de parar carros em vias públicas, Clark Kent, me avise antes para que eu não tenha um colapso nervoso, viu?"


 

 

Sonhos, pesadelos e você (Texto)

 Sonhos, dos mais doces ao mais assustadores. Você chegou à mim por meio desses, e da mesma forma se foi. 
Como um salvador poderia parecer aos olhos de uma mortal? Sem parecer desesperada, mas ao mesmo tempo sem conseguir pensar direito...
Como um salvador perfeito, poderia ser imperfeito? Talvez da mesma forma que a minha mente se bloqueia quando fico em sua frente..
Como você pode ser minha salvação e ao mesmo tempo minha condenação? Como pode ser o meu mais doce sonho, se vive em meio aos meus pesadelos? Como pode deixar-me mais viva, se seu maior desejo um dia, já foi minha morte? Como pode me fazer manter o maior sentimento já existente em mim, se nem ao menos é real? Da mesma forma que entre pensamentos e sonhos, você me assombra e me protege, como a mais doce canção de ninar.

Lua (Poesia)

Lua,

doce luz mágica
que brilha entre as estrelas...

Lua, 
doce encanto de esperança
entre a escuridão.

Lua,
deslumbrante razão do meu ser, 
toque minha alma
com sua doce poesia.

Doce Lua,
Que silencia a noite,
beleza sombria e brilhante
que a todos os segredos vê

Brilhante, delicada e sombria,
no céu está,
clareando-me a alma.

Doce lua dos segredos sombrios,
Faça-me compreender
Os sonhos do sono profundo,
próximo ao alvorecer.

Solitária (Conto)


Ela se sentia sozinha, nada mais do que isso; se sentia desprotegida agora, já não mais contava com a proteção de seu salvador.
Ela era a pessoa mais medrosa e corajosa do mundo ao mesmo tempo, era fria e ao mesmo tempo mais doce e sentimental do que ninguém já mais poderia ou ousaria ser. Ela era o bem e ao mesmo tempo o mal, era a luz e ao mesmo tempo a escuridão, ela era tudo e ao mesmo tempo nada, mas, agora ela já não mais sabia o que esperar de sí mesma.
Seus sentimentos estavam confusos, sua mente não mais conseguia viajar, seu coração estava em pedaços e  nada mais ela podia ser. Ali, naquela alta janela, a única coisa que ela desejava era que quem levou seus sentimentos para longe os trouxesse de volta, que tudo que ela era antes voltasse ao seu ser; ela queria mais do que tudo poder ser salva novamente, porém, seu protetor não conseguia mais encontrar. Ela já não era mais luz, não era mais bem, não tinha mais nada além de sua própria companhia, agora ela era apenas solidão.
Ela chegava cada vez mais perto da janela, cada vez mais perto de cair, cada vez mais perto de seu fim, enfrentando o seu maior medo. Porém, ela já não tinha mais medo, já não era mais capaz de sentir mais nada além da solidão ardente dentro de sí mesma, já não era capaz de se livrar de tudo que a atormentava.
Talvez um pouco de medo ainda a restasse, mas, não havia mais nada que ela pudesse fazer, ela queria se jogar dali, e queria poder ser salva....Queria que seu protetor estivesse lá em baixo para pegá-la quanto caísse, queria que ele beijasse seu rosto, acariciasse seus cabelos e sussurrasse em seu ouvido que por mais impossível que parecesse tudo ficaria bem e que ele sempre estaria com ela. 
Ali, com o vento batendo em seus selvagens cabelos castanhos, que voava em todas as direções, com os olhos cheios de lágrimas e com o coração quebrado de forma inacreditável ela percebeu que ele talvez não voltaria, percebeu que por aquele tempo todo havia acreditado em algo inexistente, em algo que fazia parte de si mesma, em meio ao seu talvez suicídio ela percebeu que seu salvador fazia parte de sua própria mente, ela percebeu que a pessoa a quem ela mais amava era fruto de sua própria imaginação, percebeu que quem sempre a tranquilizava de forma tão suave era sua própria mente, percebeu que no fim das contas, a solidão que sentia era tudo que ela havia tido desde sempre, e então, como se não restasse mais nada em que acreditar ela se jogou lá do alto...
Agora ela avistava entre lágrimas a janela em que estava por tanto tempo, e vendo aquela paisagem tão sepulcral ela aguardava silenciosamente seu fim.
Um milagre aconteceu, quando os que pareciam ser os últimos segundos de sua doce e solitária vida soaram nos relógios, ela foi salva. Ele estava lá para salvá-la, como em seus mais sublimes sonhos, e então, ele a beijou e acariciou seus cabelos, e em um ato delicado seu salvador sussurrou: "Tudo vai ficar bem, eu prometo, e sempre vou estar com você." e no fim das contas, o fim foi apenas o começo...

Anjos (Poesia)



 
E então, eu vi um anjo
Suas asas,
Esplêndidas,
Seu sorriso,
Cintilante,
Sua luz,
Encantadora.
E então, eu vi um anjo.

Anjo salvador,
Tire-me da escuridão,
Anjo luminoso,
Mostre-me a luz,
Anjo sonhador,
Faça-me sentir.

E então, eu conheci um anjo...
Um anjo que me salvou,
Um anjo que me protegeu,
Um anjo que foi tudo
Um anjo que foi minha paixão,
E então, eu conheci um anjo...

Anjo guardião,
Me proteja do mal,
Anjo protetor,
Me envolva com suas asas,
Anjo curador,
Refaça meu coração,
Anjo do meu coração,
Faça-me acreditar.

E então, eu vi um anjo...
O meu anjo,
O meu protetor,
O meu guardião,
O meu salvador,
E então, eu vi um anjo...
O anjo que nasceu para me salvar,
O anjo que conseguiu me amar,
O anjo que me ressuscitou,
E então, os céus retumbaram...
“Ele é um caído!
Ele já mais poderá salvá-la,
Ele é apenas sua condenação.”

E então, eu conheci o anjo,
O meu anjo,
A minha perdição,
O meu amor,
A minha paixão,
A razão de o meu coração bater,
E então, eu me juntei a ele,
No céu da imaginação de uma criança sonhadora.

Booktrailer de Teardrop - Novo livro de Lauren Kate


 Hey, noturnos!
Para quem ainda não sabe, ontem foi lançado um dos booktrailers do novo livro da Lauren Kate, Teardrop.
Aqui vai a sinopse:
Nunca,jamais chorar… A mãe de Eureka Boudreaux perfurou essa regra em sua filha anos atrás. Mas agora a mãe dela está desaparecida, e em todos os lugares Eureka vai ele está lá: Ander, o alto, garoto pálido e loiro que parece saber coisas que não deveria, que diz a Eureka que ela está em grave perigo,que vem mais perto de fazer ela chorar do que ninguém fez antes.. Mas Ander não sabe o mais obscuro segredo de Eureka: desde que sua mãe se afogou em um acidente, Eureka desejava que ela estivesse morta, também. Ela tem alguém para se preocupar, apenas um amigo mais velho dela, Brooks, e uma estranha herança um medalhão, uma carta, uma pedra misteriosa, e um livro antigo que ninguém entende. O livro contém um conto assombroso sobre uma garota que teve seu coração partido e chorou todo um continente para o mar. Eureka está prestes a descobrir que o antigo conto é mais do que uma história, que Ander pode estar dizendo a verdade. . . e que sua vida tem correntes muito mais escuras do que ela jamais imaginou.De Lauren Kate vem de uma saga épica de parar o coração, romance, segredos devastadores, e magia negra. . . um mundo onde tudo que você ama pode ser lavado.

Para assistir o trailer, clique aqui.
Goodbye'

A tempestade que você desperta dentro de mim (Crônica)

Deitada em minha cama, rodeada de papéis, tomados por frases insanas, que completam mais um de meus delírios, que gosto de chamar de histórias, cá estou eu. Em meio à uma noite chuvosa, que deveria apresentar a beleza das estrelas, e de uma lua cheia. Porém, justo em uma noite tão inspiradora, os deuses resolveram conspirar contra mim, e mais uma vez, com minha falta de sorte, nuvens tomaram o céu, fazendo uma forte chuva cair, uma tempestade, mais detalhadamente.

Palavras, que antes estariam fluindo rapidamente, em um fluxo perfeito, de minha imaginação errônea para o papel, escorregam em tropeços, parecendo apenas letras sem sentido, provando mais uma vez, que a poesia e a inspiração se esvaíram de mim, restando apenas, uma grande nuvem escura cobrindo-me a mente, como se fosse uma das nuvens, que formam a grande tempestade, que cobre o céu esta noite. Bloqueio criativo. Porque a maior desgraça de um escritor, insistiu em me atingir, justo em uma noite que deveria ser tão promissora? Pergunto-me, tentando arduamente, encontrar uma resposta. Percebo, no meio disso tudo, que mais uma vez a falta de sorte e de criatividade insistiu em me perseguir. Maldições de um escritor, é impossível que em sua vida toda, você não conviva em nenhum momento, com o famoso e desgraçado bloqueio criativo. Desgraçado, uma palavra nem um pouco poética, para ser usada em um texto com esse. Se me importo? Nem um pouco. A ausência de poesia, já me é uma desculpa, para qualquer asneira escrita em meio à essas palavras.

Suspiro arduamente, largando a caneta, afastando as folhas de papel, e me deitando, começando a observar as gotas de chuva caírem apressadamente, pela janela, escorrendo cada vez mais, como se tivessem um compromisso inadiável. Fico ali, por alguns minutos, esperando que aquela cena, tão comum, me inspire de alguma forma. Trovões soaram, raios fizeram clarões, transformando toda aquela cena, em algo muito mais belo, e ao mesmo tempo, em algo muito mais assustador. Desistindo de me inspirar daquela forma, peguei algumas folhas, relendo as palavras já escritas, como se aquilo fosse me fazer retomar, de onde havia parado. Lendo aquelas palavras, tão doces, suaves e apaixonadas, percebo que a minha falta de inspiração, é apenas a falta de saber como é sentir o que é escrito. Talvez, romance não seja exatamente uma coisa pra mim, afinal. Talvez, internamente, eu sonhasse em ser minha personagem, tão arduamente apaixonada, de forma tão encantadora, como se seu respirar fosse para isso...Suspiro novamente, largando as folhas, e começando a observar a chuva, que agora, diminuíra.

Minha mente vaga por um lugar distante, buscando inspiração, buscando sentimentos, buscando você. Por mais que no fundo, eu saiba que você não é nada além de um doce sonho, de o meu mais puro e inocente querer infantil, desejo, com todo o corpo, alma e coração, que você exista, apareça, e desperte em mim, tudo o que eu quero. Por mais que uma parte sensata de mim, tente esquecer de toda a tempestade que você causa dentro de mim, em minha mente e em meu coração, a única coisa que se passa, é a vontade que tenho, de que você me ressuscite, reavivando à mim, à minha poesia, à minha imaginação, e aos meus sentimentos.

Se você um dia, mesmo que em meus mais doces e assombrosos pesadelos, já realmente me amou, peço-lhe com toda a pouca alma viva, que ainda me resta: clame por mim, traga-me de volta a vida, ressuscite a única coisa que, talvez, valha a pena em mim: minha imaginação.